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A História da CHITA
Ícone da identidade nacional, a chita é considerada uma vencedora.
 
A chita tem ancestrais ilustres: surgiu na Índia medieval e conquistou europeus em um sentido invertido ao da colonização. Chegou à Europa pelas mãos de Vasco da Gama, à época das grandes navegações. Foi aperfeiçoada pelos ingleses e, posteriormente, pelos portugueses e franceses. Seu nome vem do sânscrito e atravessa idiomas.

No Brasil o conceito de chita foi introduzido a partir de 1800 pelos europeus. Após um longo processo burocrático, financeiro e cultural, a chita passou a ser produzida no Brasil, conquistando as camadas mais pobres da população, por ser muito barata.

A chita é, basicamente, um tecido de algodão chamado de morim, caracterizada por tramas simples, com motivos florais muito coloridos. As cores intensas servem para despistar irregularidades do próprio tecido.

A história da chita traz um pouco da trajetória da alma brasileira. Passado, presente, trabalho, castigo, festa, criação, arte, infância, malícia e uma alegria descarada se combinam nas cores e misturas descontroladas das estampas, que vestiram escravos, camponeses, tropicalistas, personagens da literatura, teatro, novela e cinema, sem perder a inocência.

Atualmente, a chita é produzida em apenas três fábricas, todas em Minas Gerais. A mais atuante delas é a Companhia Fabril Mascarenhas, em Alvinópolis, próxima a Diamantina. A produção, no entanto, é muito pequena. Os brasileiros usam o tecido principalmente nas festas populares. Os vestidos caipiras das festas juninas são um exemplo do emprego da chita.

Em 2005, designers e estilistas iniciaram campanha de valorização da chita, o "tecido de algodão de pouco valor" (segundo o dicionário Houaiss), que se trata de produto brasileiro, adaptado da Índia.

O primeiro esforço de resgatar o valor da chita deu-se através da pesquisa que resultou no lançamento do livro "Que Chita Bacana", da idealizadora Renata Mellão. Junto, foi realizada a exposição "Chita na Moda", em que estilistas desenharam modelos que valorizassem este tipo de fazenda de algodão (que primeiro ocupou o Museu da Casa Brasileira e atualmente ocupa a Galeria Lafayette, em Paris, desde 25 de maio).

 
   
   
   
   
   
   
   
   
  Fonte: Que Chita Bacana, 240 páginas (Ed.  A Casa – Casa-Museu do Objeto Brasileiro) de Renata Mellão  
 
 
 
 
 
 
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